Entre sonhos tecidos com fios dourados
Nasceu a ilusão que nos tinha encantado
Mas como névoa ao amanhecer, se desfez
Deixando-nos presos em um mundo malfez.
Na miragem das promessas, caminhamos confiantes
Acreditando em contos de felicidade exuberantes
Mas a realidade fria e crua nos atingiu em cheio
A desilusão, um vendaval que nos partiu ao meio.
As palavras que eram doces, agora são amargas
O afeto que parecia forte, agora se desgarra
A desilusão é um caleidoscópio de cores distorcidas
Onde o que era real se mistura com as sombras escondidas.
As lágrimas são gotas de um oceano de decepção
As promessas quebradas criam marcas no coração
Mas mesmo em meio às ruínas do que se esmorece
A desilusão pode ser o solo onde um novo eu floresce.
De escombros renascem força e determinação
A desilusão é uma escola de resiliência e transformação
Aprendemos a discernir o real do efêmero e falso
Encontrar luz mesmo e dançar ao som de um valso.
Portanto, erguemos nossos olhos para o horizonte
Apesar das cicatrizes que a desilusão apronte
Encontramos a verdadeira força dentro de nós
Renascemos, mais sábios, mesmo que a sós.
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Cléia Fialho
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