SOU GAÚCHA DE TRADIÇÃO

Nos campos vastos do sul, linda a terra

Eu sou a gaúcha, de tradição que encerra

Na brisa que acaricia a coxilha aberta

O meu coração pulsa, alma descoberta.

 

Com pilcha e bombacha, no galope do vento

Sou a força que ecoa, o calor do momento

Meus olhos refletem o azul do céu pampiano

Na dança das folhas, no canto do arvoredo

Sou o canto gaucho, autêntico e soberano.

 

No mate compartilhado, nas rodas de chimarrão

A tradição se entrelaça, criando um laço de irmão

No trote do cavalo, na chama do fogo a crepitar

Eu sou a gaúcha, com orgulho a vibrar.

 

Nas festas campeiras, com música a soar

O bailado dos peões, a cultura a exaltar

No rodeio da vida, sou firme e decidida

Com a fibra dos pagos, na alma colorida.

 

Em cada acorde de uma guitarra a dedilhar

Eu sou a melodia, a poesia a declamar

No fogo de chão, o churrasco a assar

Sou a gaúcha, de tradição a se manifestar.

 

Com lenço no pescoço, marcando a identidade

Sou a estampa viva da minha comunidade

No galpão de memórias, guardadas com devoção

Eu sou a gaúcha, fiel à minha tradição.

 

Nos campos verdejantes, na estampa do poncho

Caminho com honra, com o coração foncho

No eco dos pagos, na voz do vento a soar

Sou a gaúcha, de tradição a exaltar.

 

Que a chama da tradição nunca se apague

Que o brilho dos olhos gaúchos nunca se apague

No coração do Rio Grande, na alma de uma prece

Eu sou a gaúcha, com a tradição que aquece.

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Cléia Fialho