AFETO E TERNURA

Amo meus seis gatinhos, 

pois em seus olhares encontro 

um universo de afeto e ternura 

e em seus ronronares, 

a melodia que acalma minh'alma.

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Cléia Fialho

MONTES DE CURVAS

Segui o convite, sem hesitar,

À serra onde o corpo se faz mar.

Atravessando matas, beirando o abismo,

Onde o desejo se tece em ritmo.

Entre montes de curvas e delícias,

O corpo ardente, em suas malícias,

Encontrei os olhos, luzes de chama,

Incendiaram meu ser, alma que inflama.

Canais sussurrando segredos de seda,

E o ar quente que me incendeia a vida.

No poço de néctar, doce e enfeitiçado,

Beijei os segredos, encantado.

A ladeira molhada me levou ao vale,

Onde coxas e sonhos se tornam baile.

No umbigo, desci, tocando o ardor,

Perdi-me no caminho, sem temor.

Joelhos, planaltos de calma serena,

Pés, esculturas da carne amena.

Mas eis que a caverna, com vinho profundo,

Abriu seus braços, me guiando ao fundo.

Lambeu-me a fenda, o desejo voraz,

Um tremor que ecoou no compasso da paz:

"Entra..." A voz me levou ao éxtase,

Num rio de corpos, onde nada mais se faz.

A serra cantou, o êxtase gritou,

E, no céu, o paraíso ecoou.

Mas ao acordar, com o suspiro,

O sonho vivo me resta, inteiro.

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Cléia Fialho

LUXÚRIA ACESA

Sobre nossa mesa

Lua por testemunha

Da nossa luxúria acesa.

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Cléia Fialho

GOZO COM A SUA SELVAGERIA

Não é que eu seja uma mulher atoa

 A minha mente não é cheia de imundícies

 Até me considero uma fêmea "boa"

 O meu corpo é que gosta de sordícies

 E fazer o que se sou assim

 Gozo com a sua selvageria e doidice

 Aqui... bem dentro de mim...

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Cléia Fialho

LUXÚRIAS EXCESSIVAS

Meu desejo brotando
como botão de rosa se abrindo
se revelando e se expandindo.

Desejo ávido voraz de ter você
de sentir te consumindo...
te absorvendo.

Lentamente... freneticamente
abre um atalho em minhas veredas.

Siga minhas setas sugestivas
direitas... esquerdas
luxurias excessivas.

Que já estão queimando
ardendo e formando
em minha pele uma elevação.

De arrepios... de tesão
e o meu desejo brotando
sedento do teu corpo.

Em devaneio esperando
a flor do craveiro... meu cravo.

Que me possua por inteiro
escravo ou bravo
descolorindo minha rosa rubra!

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Cléia Fialho

DELICIOSA INTIMIDADE

Corpo a corpo

 deliciosa intimidade

 trajetória gráfica

 em minha anatomia

 investindo com ímpeto.

 Sem encontrar

 linhas que marcam

 barreiras ou limites

 mostras e vestígios

 das suas mãos atrevidas

 dos seus lábios sedentos.

 Subindo... descendo...

 parando... adentrando...

 as cavidades úmidas

 e quentes do meu corpo

 que desejam loucamente

 tão somente

 inteiramente

 você amor.

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Cléia Fialho

COSMOPOLITA

O coração do cosmopolita é 

uma carta de amor para o mundo, 

onde cada cultura é um verso, 

e a diversidade é a melodia 

que une todas as nações.

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Cléia Fialho

QUADRO DE AMOR

Versos apaixonados

Pintam o quadro de amor

Poesia em movimento.

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Cléia Fialho

DIFERENÇAS

Liberdade e libertinagem.... 

Intimidade e privacidade.

Todas rimam entre si... 

Porém as diferenças são bem explícitas.

Mas só entende quem tem maturidade. 

(rimou também!).

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Cléia Fialho

DIGA NÃO AO RACISMO

Sou negro na pele, na alma,

Na voz e na luta!

Em versos que ecoam a voz da razão

Clamo ao coração, a alma do humano

Diga não ao racismo, cruel vilão

Que fere a essência, e é profano.

 

Não há mérito na cor da pele

Cada tom é nota, na sinfonia da vida

Não ao preconceito, anseio que impele

A harmonia da diversidade vivida.

 

Quebrar as correntes do ódio sem razão

Entrelaçar mãos, em gesto de igualdade

Racismo, nefasto vil, sórdida agressão.

 

Que a humanidade desperte da iniquidade

Diga não ao racismo, com firme decisão

Cantemos juntos a canção da fraternidade.

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Cléia Fialho

 Você sabe a diferença?
Racismo: Conduta discriminatória dirigida a determinado grupo.
Considerado mais grave pelo legislador, é imprescritível e inafiançável.
Injúria racial: Consiste em ofender a honra de alguém
com a utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.

💗 Ouça 💗

Olhos Coloridos

Sandra Sá

Respeito não tem cor

Tem consciência!

O ENCONTRO DOS NOSSOS SEXOS

Meia noite... meia luz ao brilho da lua

 minha pele nua... encontra-se com a sua

 em queimores plexos

 o encontro dos nossos sexos

 expõe nossos desejos

 entre movimentos dos nossos manejos

 Não há mais divisão, olhos nos olhos

 corpos e almas em conjunção

 sofá conivente... tapete conluiado

 mesa parcioneira, todos testemunhas

 do nosso delito libidinoso

 prazer deleitoso

 espetáculo voluptuoso!

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Cléia Fialho

CADA PASSO É UMA ESCOLHA

Na dança da vida, 

cada passo é uma escolha, 

e a melodia que seguimos é 

a sinfonia única de nossa jornada. 

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Cléia Fialho

NOITES SOMBRIAS

Seus lábios, 

ébano sedutor

Profundidades ocultas, 

promessa e ardor,

Beijos roubados 

em noites sombrias,

Um desejo que queima, 

eterno calor.

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Cléia Fialho