ÍMPIOS INSTINTOS

Ímpios instintos

exala prazer e deleite

deflagra meus recintos.

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Cléia Fialho

TEUS BRAÇOS

Em teus braços

Cabem todos os abraços

Me prende em teu laços.

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Cléia Fialho

O AMOR É COMO O VENTO

Mote:

O amor é como o vento, não se vê, mas se sente

Dá vida às flores, um sopro persistente

Glosa:

O amor é como o vento, não se vê, mas se sente

Sussurros suaves, que acariciam a pele

Nas horas mais calmas, momentos mais lentos

É um toque sutil, que a alma revela.

O amor é como o vento, não se vê, mas se sente

Nos dias mais nublados, é um abraço invisível

Que dá vida às flores, um sopro persistente

Uma força que move o mundo, desejo indomável.

O amor é como o vento, não se vê, mas se sente

Passa pelas árvores, balança as folhas

Deixa um rastro de sonhos, de sentimentos

É o impulso que nos guia, mesmo sem saber.

Nota da autora:

Neste exemplo, o verso original é repetido no início de cada estrofe, e a glosa o expande explorando diferentes aspectos e interpretações do tema proposto.

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Cléia Fialho

ME DOMINE

Silencie os meus desejos

 Com o mel dos seus beijos

Ame o meu corpo despido

Subalterne meus gemidos

Acaricie a minha loucura

 Me domine com ternura

 Atenue o meu tesão

Me tiranize com sedução.

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Cléia Fialho

CABEÇA... TRONCO E MEMBRO

Vem me comer sem pudor

Atestar teu imensurável amor

E permitirei que teu carril de ferro

Ande nos meus trilhos em um só berro

Guiarei teu corpo navegante esmero

Ancorando na enseada que eu quero...

Desnudarás meus segredos

Com o toque dos teus dedos

Desenharás cada meandro da minha buceta

Rasgando o invólucro desta borboleta...

Com as línguas doces em sabores mesclados

Nossos corpos pousam resignados

Estuga penetrabilidade, latendo a pica

Ofega o mosto de tua bica...

Adentra a pintalgada entranha

Onde o manjar você intanha

Tua perpétua morada de prazer

Aprazendo teu ébrio querer...

Tua perdição está em meus lábios vaginais

Pólenes insaciáveis esponsais

Que nutre mucosa florescente em meu jardim

Cabeça... tronco... e membro és para mim.

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Cléia Fialho

NUVENS DE ALGODÃO

Cidades flutuam 

em nuvens de algodão

Gatos voam 

com asas de melodia

O silêncio é 

um grito no coração

E a loucura é 

a mais doce poesia.

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Cléia Fialho

ENVOLVENTE TORTURA

Seu corpo 

exala um perfume

 que levam-me 

à loucura

 viciei-me 

neste costume

 sedutora 

implacável tortura...

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Cléia Fialho

CUMPLICIDADE DE CORPOS

Esse licor de absinto

 extraído do seu corpo

 é um bálsamo destilando

 um aroma embriagante

 eflúvio delicioso

 é a infusão que faz brotar

 em minha vertente

 maceração temperada

 de desejos incandescentes.

.

Esse licor amargo se adoça

 ao mesclar seu mel,

 que escorre ao meu deleite

 enquanto chego ao teu céu.

 Inebriante mulher que sabe o que quer,

 maltrata o sofrimento permitindo

 que seu desejo faça o depoimento

 da gostosa mulher.

 Meu corpo indecente,

 clama pelo seu,

 completamente nua e meu.

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Cléia Fialho & M.P.P.

SENSAÇÕES INEXPLICÁVEIS

Sensações inexplicáveis

 tendes a causar-se sempre

 põe meu corpo em brasas quentes

 quando te aproximas devassamente

 inunda-me e transborda-me de volúpias...

 Fazendo engasgar-me com teu cacete

 para ver-me o engolindo inteiro

 soca-o todo tenso e retesado

 e de rabinho empinado

 ensandecida, vou às alturas.

 Cometendo quaisquer loucuras

 sobre mim de quatro você se inclina

 me castiga e me ensina

 como é bom tuas fulguras

 Meu corpo trêmulo se inebria

 se contorce em um frenesi

 entre gritos e múltiplos orgasmos

 causando-me sensações inexplicáveis!

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Cléia Fialho

DURO E LATENTE

No ato, vou me despojando

incorporando uma diletante fêmea

esperando afoita e ébria por um toque seu

para que contemple minha umidade

e que me coma sem demora nesta hora

pois agora é que aflora minha fome e sede...

Estertorosa por senti-lo invadindo-me

profundamente duro e latente

súbdita acho-me incondicionalmente...

Ardendo em minhas entranhas

teu membro febrozo

assuada em arroubo e enlevo

aguardo sedenta o teu gozo.

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Cléia Fialho

A LOUCURA DA LOUCURA

A-travessando os limites do senso comum

L-ibertando-se das amarras da normalidade

O-usando explorar o desconhecido e o inusitado

U-nindo-se à criatividade desenfreada

C-elebrando a excentricidade e a originalidade

U-nindo mentes inquietas em um caos criativo

R-ompendo com as convenções e padrões estabelecidos

A-braçando a loucura como forma de expressão única

D-esafiando o status quo e questionando o ordinário

A-colhendo a diversidade de pensamentos e perspectivas

L-iberte-se das amarras do convencional

O-use ser diferente, abrace sua singularidade

U-nindo-se aos loucos da loucura, onde a originalidade floresce

C-ultive a loucura saudável, sem medo do julgamento

U-na-se aos outros visionários, explorando novos horizontes

R-einvente-se, desafiando as expectativas e os limites

A-credite na sua capacidade de criar e inovar.

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Cléia Fialho

PENSAR EM VOCÊ

O que fazer quando me falta

inspiração para escrever?

 

Vou revelar meu segredo

estou prestes à escrever

Primeiro recordo nosso enredo

e os que nos tentam entender

Juntos somos como um rochedo, 

corpo e alma a transcender

Bem...convencida eu me atrevo, 

perguntinha fácil de responder

Papel e caneta na ponta do dedo ...

é só pensar em você!

Você... é a poesia da minh'alma,

e não adianta esconder

Traz no olhar a luz que me acalma 

e no corpo o fogo que me faz arder

Cada palavra sua transmite vivalma, 

És minha inspiração para escrever...

Á propósito...  

em seus abraços sempre há recender
O que fazer quando me falta
inspiração para escrever?
 
Simplesmente... pensar em você!

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Cléia Fialho

MAR DE ROSAS

A vida é um mar de rosas
 suave perfume e espinhos
 dramas, poesias, prosas
ao longo do caminho...

 Se possível fosse escolher
 só o aroma agradável
 para noss'alma obter
 coração sempre saudável...

 Amargura não haveria
 felicidade além de momentos
 amor em demasia
 e nada de sofrimentos...

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Cléia Fialho

DEPRAVADO E MAU

Se você fosse 

um cara bonzinho

 eu te levaria ao céu

 mas você é depravado e mau

 então te conduzo ao inferno

 onde as chamas ardentes

 se propagam em minha fenda.

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Cléia Fialho

JURAMENTOS

Promessas de fidelidade

Juramentos de amor eterno

Caminho traçado juntos.

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Cléia Fialho

TOQUES QUENTES

Sobre o leito tênue sigilo

Rendidos amantes suados

Só em íntimo estrilo...

Deslizam dedos molhados

Saboreando o restilo

Em toques quentes e apertados...

Corpos que se amassam

Numa fricção desmedida

Na abalroação se entrelaçam...

Um beijo... um gemido... uma lambida

Dentro do abraço se transpassam

Esquadrinhando uma deliciosa metida...

Abre um espaço e... a invasão

Ereto... rijo... pulsando

No ar ... só urros de tesão...

Tudo em volta está lubrificando

Ardendo entre balbuciados

"sim e não" ensandecido...

Entrando e expulsando

Moléculas... líquidos... sólidos... coesão!

Gozos perenes e eminentes...

Calmaria de loucuras e devaneios

Corpos saciados e preeminentes

Descansam e repousam seus anseios...

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Cléia Fialho