Ah, meu tempo de guria, ingenuidade encantada,
Despertar dos sentidos em primavera florida,
Era um mundo de cores, paixão desenfreada,
Onde a sensualidade pulsava escondida.
Os lábios que antes provavam doces delícias,
Agora buscam sabores em outros matizes,
Mas a essência da guria, em eternas cobiças,
Permanece viva, nas lembranças felizes.
Ah, meu tempo de guria, tesouro do passado,
Ainda ecoa em mim a dança da juventude,
E nas recordações sensuais, sinto o legado,
De uma alma que viveu, em doce plenitude.
Que perdure em meu ser, a guria que fui,
A sensualidade inocente, jamais perdida,
E assim, em cada verso, a saudade aflui,
Do tempo que marcou minha vida colorida.
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Cléia Fialho
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