No jardim do relógio insano
Lá onde o tempo se perdeu
Dançam coelhos de óculos e manto
Com relógios em vez de pele e eu.
Os diamantes sussurram segredos
Enquanto os pássaros voam de ré
O sol derrete em cores e medos
E o chão é de pano e papel.
Uma árvore canta canções proibidas
Enquanto peixes voam no céu
Os gatos riem das maçãs são vivas
Neste mundo nada é cruel.
Os sinos tocam um hino insano
Girafas anãs dançam balé
Nuvens são feitas de vidro quebrado
E o rio flui ao contrário, você vê?
Um chapéu de abóbora em minha cabeça
Meus pés são de arco-íris, puro desejo
Neste sonho louco, não há tristeza
Apenas risos e abraços no meio.
Mergulho neste poço sem fundo
No surrealismo encontro meu lugar
Onde a lógica se perde no mundo
E a insanidade é o que me faz sonhar.
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Cléia Fialho
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